Há algum tempo eu vi nas redes sociais um livro que me chamou a atenção, intitulado "Morando sozinha", da autora nacional Fran Guarnieri. Não comprei o livro - ainda -, mas me identifiquei com o título porque, não sei se vocês sabem, esse ano estou morando em outra cidade, por causa da minha faculdade (sozinha). Como estou meio sumida daqui, resolvi escrever algumas palavras - extremamente amadoras, porque, vejam bem, eu não sou nem aprendiz de escritora hahahaha -, sobre sair de casa cedo.

   Quando somos crianças, nos questionam - seja por curiosidade ou brincadeira -, sobre o que queremos ser quando adultos. Na adolescência, a pergunta fica mais séria e é esperada uma resposta concreta, firme e decidida.
   O negócio começa a tomar proporções maiores quando a escolha é feita e nos encontramos num impasse: "o curso que sempre quis cursar não se faz presente numa instituição próxima da minha cidade. Portanto, terei que ir embora." Ir embora. Sair de casa, seguir um rumo. Um sonho. No começo, parece ser a maior loucura do mundo, abrir mão dos momentos com a família, da comida da mãe, das amizades construídas ao longo da vida, dos domingos à toa assistindo filmes ao lado de quem amamos. Porém, é necessário, e com o tempo acaba tornando-se algo natural. Doloroso, às vezes, mas natural.
   É preciso crescer, amadurecer. Sair de casa, voar, deixar o ninho. Se eu imaginei que conseguiria cortar o "cordão umbilical" que me "unia" à minha mãe? Confesso que pensei que não. Mas estou conseguindo, aos poucos. No fim, percebi que era eu quem não queria quebrar esse laço.
   Sempre pensamos que um dia teremos que ir embora, viver a nossa vida, não morar mais com os pais. Às vezes isso acontece cedo demais, às vezes tarde... nunca é tarde, na verdade, porque começar uma vida nova, sozinho, numa cidade que você não conhece, sem conhecer nenhuma pessoa, é extremamente assustador, não é? Meu Deus, e como é! "Mas como é que eu vou fazer comida?" "Lavar roupa, passá-las?" "Não vai ter ninguém pra me levar de carro pra onde quero ir?" "Como assim o dinheiro é limitado e eu tenho que administrá-lo?" São perguntas que nos fazemos quando, de fato, decidimos ver como é a vida quando estamos sozinhos.
   Um amadurecimento forçado, talvez? Algo que ia acontecer, que somente foi adiantado. Por isso, se você que está lendo esse textinho "meia boca" que eu fiz, está se questionando sobre ir embora ou não, eu te digo: VÁ! Vá, porque a vida não dá outra chance. Vá, porque você precisa amadurecer. Vá, pra que pessoas sintam tua falta. Vá, pra que você sinta falta das pessoas. Pra que você conheça pessoas novas, que preencherão tua vida. Aproveite tudo. Não será nada fácil quando você se ver sozinho, no quarto, chorando, sem ter alguém contigo. Nem quando uma barata ou aranha resolver aparecer e você não tiver seu pai para matá-la. Você vai se obrigar a fazer muita coisa, que nunca fez antes. Mas, meu amigo, te digo uma coisa: esse tipo de escolha a gente só faz uma vez. Sim, você pode mudar de cidade quantas vezes forem preciso na tua vida, mas a primeira vez é a crucial e é aquela que vai te ensinar mais sobre a vida. Portanto, vá!

   Tem dois textos que eu gosto muito de ler, sobre ir embora. Esse é o meu favorito. Obrigada por lerem <3



2 Comentários

  1. Oi, Renata e Isadora! Tudo bom com vocês?
    Conheci o blog agora e achei super lindo e confortável. Já segui no gfc, twitter e curti a fan-page. Espero poder acompanhá-lo :)

    Ainda sou meio novo para morar sozinho, então não posso dizer algo sobre essa experiência. Espero que dê tudo certo para quem vai morar só.

    Abraços do Dan ♥

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  2. Oi Renata, Oi Isadora, tudo bem com vocês?

    Eu ainda moro com meus pais por que, tenho 14 anos Rsrs.
    Mas eu realmente fico imaginando como seria para morar sozinha e todas as aventuras que eu poderia realizar. Com certeza você vai se surpreender com a sua capacidade de fazer as coisas sozinha! ^^ Espero que dê tudo certo.

    Beijos, Paula.
    http://leitoraneurotica.blogspot.com.br/

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